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Região da AMARP tem queda na arrecadação para 2025

Região da AMARP tem queda na arrecadação para 2025

Na média geral dos 16 municípios membros da Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe, nove municípios apresentam queda no retorno do ICMS para este ano

Videira – Há vários anos especialistas do setor tributário de Santa Catarina tem alertado para o empobrecimento de inúmeras microrregiões catarinenses pela falta de políticas públicas que priorizem a qualificação de mão de obra e a busca por empresas de tecnologia. O modelo econômico catarinense também tem penalizado em demasia regiões ligadas ao agronegócio e à produção primária.

No índice de retorno de ICMS para os municípios catarinenses para o ano de 2025 divulgado pela Secretaria de Estado da Fazenda ao final de 2024, o município de Itajaí, embora não tenha grandes empresas em sua área territorial, continua em primeiro lugar em geração de ICMS. Joinville, a maior cidade catarinense, mesmo com toda força da sua indústria, figura em segundo lugar, demonstrando a discrepância existente em Santa Catarina quando se trata de repartir o bolo tributário estadual.

Realidade

Nos últimos anos o sobe e desce do retorno do ICMS para a microrregião de Videira ganhou um novo cenário em 2025: Videira e Caçador registraram perdas no faturamento das empresas instaladas nestes dois municípios em 2023, ano-base para obtenção do índice de retorno de ICMS para 2025. Videira vai receber menos 3,51% do retorno do ICMS. Caçador terá menos 8,02%, percentual que pode ocasionar perdas de R$ 7 a R$ 10 milhões a menos no caixa da prefeitura. Videira não fica muito atrás. O volume de dinheiro que deixará de entrar no caixa da prefeitura videirense chega perto de R$ 3 milhões.

No ano de 2023, o setor da madeira de Caçador enfrentou crise de exportações, cenário que impactou negativamente o faturamento das indústrias da madeira. Em Videira e outros municípios da região que tem a sua base ligada no agronegócio, a transferência de mercadorias ainda é o maior inibidor para aumento dos índices de ICMS. Há vários anos lideranças políticas da região de Videira tem buscado alternativas junto ao Poder Executivo Estadual e Assembleia Legislativa. Apenas medidas paliativas foram adotadas. O problema continua existindo e não há, até o momento, solução definitiva para o problema.

Na tabela que ilustra esta reportagem do jornal O catarinense, nossos leitores podem ter noção exata dos problemas que os senhores e senhoras prefeitos que tomaram posse na quarta-feira, 1º de janeiro, terão que enfrentar para equilibrar contas e cumprir compromissos de campanha.

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